Moradores das ruas Mozart de Andrade, Otelo Rizzo, Adrianópolis, Cândido Lacerda, entre outras, continuam sua batalha contra várias irregularidades existentes na Rua Emilia Marengo, principalmente entre quinta-feira e domingo. Segundo eles, os problemas estão relacionados a alguns bares que desrespeitam a lei do silêncio, não se importam com pedestres ou deficientes físicos e ignoram regras de horário de funcionamento.
COPOS E GARRAFAS
Quem vive nessas ruas, que começam na Emília Marengo ou estão paralelas a ela, sofre com o tipo de cliente que é atraído pelos estabelecimentos em dissonância com a cidade. Primeiro porque não conseguem sair de casa, seja a pé ou de carro, com a via tomada de pessoas. Depois pelo fato de serem obrigados a recolher camisinhas usadas, garrafas, copos, entre outros objetos lançados em suas portas. Além disso, os moradores ainda têm de se dispor a pegar água, sabão, vassoura e rodo para limpar as calçadas.
APELO
Diante dessa realidade, quem reside no local se esforça para obter acordos com os donos de bares. Seja para estabelecer um perímetro de colocação de mesas e cadeiras fora do comércio, ou para o controle da altura da música. Em alguns casos, os moradores têm obtido sucesso, apesar de alguns momentos de desalinho. Porém, em outras situações, as pessoas afirmam ter de apelar para a Prefeitura Regional Mooca, Guarda Civil Metropolitana e Polícia Militar.
MINISTÉRIO PÚBLICO
E é justamente o que vem ocorrendo há mais de um ano, com reuniões no Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) do Tatuapé e no 30º DP, envolvendo habitantes e órgãos responsáveis pela segurança dos moradores e pela fiscalização dos estabelecimentos. Na última reunião do Conseg, realizada no início do mês, os moradores disseram que iriam procurar o Ministério Público caso não conseguissem solucionar o problema por meio da Prefeitura.
POSTOS DE GASOLINA
Moradores das ruas Pantojo, Oiti, José Ribeiro, Butiá, entre outras, no Jardim Anália Franco, estão vivendo um problema parecido, mas envolvendo postos de combustíveis que têm lojas de conveniência. Eles estão tentando chegar a um bom termo com os proprietários dos comércios para impedir a continuidade dos “pancadões”, que haviam terminado há alguns meses. Segundo os vizinhos, motoristas estacionam na área pertencente ao posto, abrem o porta-mala dos carros e ligam o som. A partir daí, outros grupos são “convidados” pelas redes sociais e, em menos de uma hora, os postos da Avenida Regente Feijó são “invadidos”.
Após participarem de reuniões do Conseg, residentes da região e mesmo os proprietários de um dos postos conseguiram fechar um acordo para diminuir o problema, com a colocação de alguns obstáculos para impedir que alguns carros estacionassem. Conforme os vizinhos, a ação funcionou algumas semanas, mas depois os próprios motoristas começaram a retirar as barreiras. Com isso, as pessoas voltaram a vivenciar um impasse, pois não querem que os comércios fechem, mas ao mesmo tempo são prejudicados por quem os utiliza.
O OUTRO LADO
Para Walter Fernandes Mezzetti, da coordenadoria da Prefeitura Regional Mooca, está sendo feito um mapeamento dos estabelecimentos, mas a burocracia impede que os problemas sejam resolvidos de maneira imediata. Segundo ele, a fiscalização está atenta aos locais citados pela população, mas as ações não podiam ser divulgadas. Mezzetti avisou que o prefeito regional Paulo Sérgio Criscuolo está à disposição para atender os moradores na Rua Taquari, 549.
Sérgio Murilo Mendes