Moradores tomaram conhecimento de tratativas
realizadas entre o Metrô e a Prefeitura
Moradores da região do Jardim Têxtil, que engloba o Parque Linear Rapadura, Praça Mauro Broco, Rua Bailique e uma área protegida pelo Iphan, estão preocupados com o direcionamento que o Metrô está dando a alguns terrenos e ruas após o início das obras da Linha 2 – Verde.
Segundo uma comissão formada pela comunidade, os moradores tomaram conhecimento de várias tratativas realizadas entre o Metrô e a Prefeitura, após informações obtidas na plataforma Sistema Eletrônico de Informações (SEI) da Prefeitura. Conforme a pesquisa, por se tratarem de discussões em todas as instâncias, envolvendo as secretarias do Meio Ambiente, Infraestrutura, Esporte, entre outras, os vizinhos a uma área verde com mais de 300 árvores denunciam a vontade do Metrô de continuar querendo utilizar o terreno, mesmo depois de vários protestos. Inclusive uma nova mobilização elaborou uma petição digital em favor da retirada dos muros do Complexo Rapadura. Documento que pode ser acessado e assinado por meio do link: https://bit.ly/3rmjIHp.
A comissão relatou que, por meio das informações, foi possível dimensionar uma intervenção de extensa magnitude, inclusive na área verde. Conforme o grupo de moradores, a movimentação de terra poderá transformar o local de forma definitiva e irreversível. Isso porque a obra impermeabilizará quase que a totalidade da Praça Mauro Broco e uma parte do Parque Linear Rapadura.
Os moradores revelaram que foi possível descobrir a intenção dos órgãos envolvidos quando encontraram uma das promessas de melhorias apresentadas pelo Metrô à Prefeitura: a entrega de campos de futebol com grama sintética assim que as obras terminarem.
Para quem vive no entorno, a mobilização continuará contra o projeto de concretar locais permeáveis. Nesse sentido, os moradores afirmaram terem ciência da importância da praça e do bosque para a drenagem e escoamento das águas nos períodos chuvosos. Durante a última tempestade que castigou a região, a Rua Bailique foi inundada devido ao represamento das águas da chuva pelo muro do Metrô.
Assim, as pessoas estão com medo do que poderá ocorrer com a impermeabilização da praça. Principalmente pelo desrespeito à Ação Civil Pública impetrada por meio do Ministério Público, em dezembro de 2020. Habitantes da região gostariam que pelo menos fosse avaliada a possibilidade de a obra ser na área do Cotonifício abandonado há anos. Para essa e outras discussões o Metrô e o MP vão se reunir no próximo dia 2 de março.
O OUTRO LADO
De acordo com o Metrô, o Complexo Rapadura será um ponto estratégico para a escavação dos túneis da ampliação da Linha 2-Verde e toda infraestrutura dos locais utilizados serão devolvidos à população renovados. Segundo o órgão, todas as obras do Metrô contam com os licenciamentos e compensações ambientais exigidas pelas entidades reguladores e trazem inúmeras melhorias e benefícios à toda população como valorização imobiliária e de toda região, a redução do tempo de deslocamento e menos trânsito, que colabora com o meio ambiente, evitando a emissão de milhares de toneladas de CO2.
Não moro nesse entorno, mas é de fato abominável essa selvageria, esse crime ambiental.Quantas árvores lindas, saudáveis, frondosas. O verde é muito importante, não pode ser destruído.
Boa tarde
A linha de Metrô 2 Verde Expansão é a mesma desde 2009.
Só agora com o problema do Complexo Rapadura e Praça Mauro Broco, veio a tona.
Sou contra o corte de árvore e conte comigo para plantar mais, e esta Praça precisa de muitas benfeitorias da Prefeitura.
Os trilhos independente do Pátio Rapadura já estão traçados nesta posição/linha, conforme documentos do Metrô.
Quanto ao terreno mencionado, Cotonificio Guilherme Giorgi foi vendido e entregue para a Igreja dos Mormons do Estados Unidos.
Como podemos notar na resposta padrão do Metrô, eles estão determinados a usarem essa importante área verde ignorando completamente a área ociosa do cotonifício abandonado. Área está em que o Metrô é a Prefeitura já são proprietários de uma fração do gigantesco terreno.
Os moradores querem sim uma obra que beneficie milhões de pessoas mas, sem destruir o Complexo Rapadura.
Outra importante informação vazada do Metrô foi a planta de ISO Requalque, mostrando que haverá uma severa movimentação de terra no entorno da praça Mauro Broco podendo provocar rachaduras ou até mesmo ruínas de residências próxima à gigantesca vala do VSE. A PAREDE DO DIAFRAGMA FAZ DIVISA COM RESIDÊNCIAS HABITADAS POR FAMÍLIAS QUE ATÉ O MOMENTO IGNORAVAM O RISCO DESSA OBRA SEM A TRANSPARÊNCIA DEVIDA. PESSOAS PODEM MORRER, NÃO SE ESQUEÇAM DO QUE ACONTECEU NAS OBRAS DA LINHA 4 EM PINHEIROS (2007), SETE PESSOAS PERDERAM A VIDA E NINGUÉM FOI RESPONSABILIZADO.
Mais uma vez a falta de planejamento prevalece. De que adianta falar dos benefícios, ocultando os malefícios aos moradores da região que não são contra as obras, porém, contra a derrubada de parte da área verde que é de suma importância para a região e para o Planeta.
Absurdo! Há um Fábrica desativada que serviria para toda obra. Uma pessoa em sã consciência não pode aceitar uma derrubada de tantas Árvores