Pois é, quem for à Praça Lions Clube Penha, localizada na Rua São Felipe, esquina com a Marginal Tietê, Tatuapé, verá o terreno cercado por grades e uma placa com os dizeres: “Cuidado ao estacionar, obras em andamento”, colocada pela B & B Engenharia e Construções Ltda.. Aí vem a pergunta: de quais obras a empresa estaria falando, pois a reportagem desta Gazeta esteve no local na última quarta-feira, 26, e não havia ninguém trabalhando, nem material de construção ou equipamentos esperando para serem instalados. Inclusive o gradil, que foi instalado por R$ 269 mil, já está enferrujando e cercado pelo mato.
LIMPEZA
A previsão feita pela Subprefeitura Mooca, de que o local receberia o serviço de capinação, limpeza e colocação dos aparelhos de ginástica na área, não se concretizou, apesar de existir a promessa de que algumas ações ocorreriam até o final de fevereiro.
Sem o início da primeira fase, a não ser pela instalação das grades, a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente também deixou de implantar outras melhorias, como sua assessoria havia se comprometido diante dos moradores do entorno.
FOGUEIRAS
Com isso, o cenário atual da praça não é nada alentador. Além de lixo espalhado pelo terreno, pessoas estão morando no local. Consequentemente elas utilizam o espaço como banheiro público, fazem fogueiras e levam para lá o material coletado com carroças, como caixas de papelão, madeiras, móveis, entre outros utensílios. Sem a presença de máquinas ou de funcionários, que denotam a ocupação da área pela Prefeitura, usuários de drogas aproveitam as áreas mais escuras para o consumo de maconha e crack.
NÃO COMEÇOU
Em outubro do ano passado o vereador Toninho Paiva havia obtido, na Câmara Municipal, a aprovação de uma emenda de mais de R$ 400 mil para dar início à primeira fase do projeto. Como ela ainda não começou, os moradores também ficam sem saber quando o local poderá receber aparelhos de ginástica, playground, bancos e mesas de concreto. O mesmo atraso vale para as pistas de caminhada, ciclovia e de skate, quiosques e pergolado.
SKATEPARK
Para o morador e empresário Sérgio Bellinetti, é triste ver que a área verde não está recebendo o carinho necessário. “Como skatista e empresário do ramo, achei que a decisão da Prefeitura de reservar uma área de 200 m2 para as pistas de skate foi contida, principalmente por estar entre os primeiros esportes praticados na cidade”, ressaltou. Há alguns meses Bellinetti teve indeferido seu pedido de adoção da praça. Sua intenção era a de criar um skatepark no terreno com verba de empresas privadas e a ajuda da própria comunidade e de jovens skatistas.