Parecia que tudo caminhava bem para a reabertura do Planetário do Carmo, em Itaquera, quando a Secretaria do Verde e Meio Ambiente anunciou a previsão para voltar a atender o público no segundo semestre deste ano. No entanto, em entrevista a esta Gazeta, no sábado anterior, 20, o diretor do Depave (Departamento de Parques e Áreas Verdes), Milton Roberto Persoli, lançou um balde de água fria sobre as pretensões das pessoas interessadas em conhecer o local.
NADA DE NOVO
Segundo Persoli, não existe nada de concreto para a reabertura do Planetário. Ele adiantou que há um estudo para se terceirizar a gestão do local, tanto na parte técnica como na área administrativa. “Uma experiência que deu certo na cidade de Santo André, poderá ser avaliada e adotada em São Paulo. Porém, não podemos antecipar mais nada”, ressaltou. Enquanto isso, o prédio encontra-se cada vez mais deteriorado, inclusive com vazamentos que culminaram na interrupção do abastecimento de água no local.
ESCOLAS
Em janeiro deste ano, este semanário informou aos leitores que o restauro do projetor do planetário, localizado na Rua John Speers, 137, havia sido concluído e que as exibições voltaram a acontecer só para alunos de escolas, mediante agendamento.
Um mês depois, em novo contato com a secretaria, a reportagem apurou que as exibições voltaram a ser suspensas porque o prédio estava com problemas de infraestrutura.
PROBLEMAS
Inaugurado em dezembro de 2005, problemas estruturais fizeram com que o Planetário do Carmo fechasse suas portas 11 meses após a sua abertura. Na época da interdição, a Secretaria Municipal do Verde e do Ambiente acionou a Telefônica (responsável pela doação da obra) que, como resposta, informou que havia contratado uma empresa de engenharia para estudar os problemas e propor as soluções técnicas.
LONGA ESPERA
Só depois da conclusão destes documentos, Prefeitura e Telefônica fariam, juntas, as reformas necessárias para reabertura do espaço, que custou R$ 11 milhões.
Como os órgãos não entraram em acordo, a Prefeitura resolveu assumir a reforma do espaço para solucionar os problemas estruturais apresentados. De lá para cá, as informações continuam desencontradas e o público segue sem saber quando terá a atração cultural de volta.