A passagem de pedestres que tem início na Rua José Manso, esquina com a Rua Joaquim Marra, e vai até a estação Vila Matilde do Metrô, é totalmente escura à noite. A falta de postes e de lâmpadas praticamente inutilizou a passarela que é a melhor alternativa para quem quer evitar andar pela calçada da Avenida Radial Leste. Isso porque as pessoas não querem se arriscar a serem vítimas de assaltos, principalmente mulheres e idosos.
CAMINHO LONGO
Como a questão não é solucionada, os passageiros só têm duas opções: seguir até a avenida ou continuar caminhando pela José Manso até chegar à Rua Gil de Oliveira, que dá acesso à estação. Ou seja, resta a quem quer chegar ao Metrô ou ir para casa andar duas vezes mais. E mesmo assim, a pessoa não sabe se será abordada por suspeitos e usuários de drogas na Radial, que é deserta naquele trecho à noite.
USUÁRIOS DE DROGA
De acordo com a dona de uma barraca que fica próxima à praça da estação, há vários meses ela não vê ninguém caminhar pela passagem à noite. Conforme ela, é perigoso até vender lanches quando começa a escurecer. A comerciante avisou que a própria área de descanso, com bancos, preservada pelo Metrô, está sem iluminação. Isso faz com que o local passe a ser ocupado por moradores de rua e usuários de droga, ameaçando seu negócio e os clientes.
ACIDENTES
Há cerca de dois anos, a passarela recebeu investimentos para a troca de todo o gradil, pintura e conservação do calçamento. Atualmente, parte das grades está destruída e trechos do piso necessitam ser reformados, pois não permitem a passagem de cadeiras de rodas ou de pessoas com mobilidade reduzida. Os vários desníveis no passeio podem ocasionar quedas e acidentes mais graves caso alguém prenda o pé em algum dos pontos ruins.
INVESTIMENTO
Moradores pedem para voltar a usar a passagem à noite com investimento em iluminação. Quem vive nas proximidades afirma que o lugar está pronto para receber condutores de fios e postes. Contudo, o Departamento de Iluminação Pública (Ilume) não concluiu o processo de reformas previsto para o percurso. De acordo com o aposentado Antonio Dias, na época das obras de recuperação existia verbas para iluminação, porém elas não foram usadas e ninguém sabe onde foi parar o dinheiro.