Após quebrar um muro que dá acesso ao Córrego Maranhão, na Rua João Penteado, a Subprefeitura Mooca simplesmente abandonou o local. Para “proteger” o lugar e evitar que ocorram acidentes, foram colocados dois cones no chão e esticada uma fita plástica, com a estampa da Defesa Civil.
Técnicos foram ao endereço diversas vezes, mas não encontraram uma maneira de colocar a máquina no córrego para efetuar a limpeza. Esse processo de indefinição já dura seis meses.
CARROCEIROS
Nesse período, o problema ficou maior, já que carroceiros começaram a despejar grandes quantidades de lixo e entulho no córrego. Outro agravante está no fato de usuários de drogas aproveitarem a inexistência do muro para se drogar nas margens. Durante a presença da reportagem no lugar foi possível ver também embalagens plásticas, sacolas com lixo orgânico e várias peças de roupas. Em 2014 foram direcionados R$ 39 milhões para a Sub Mooca aplicar em diversas ações. A região também seria beneficiada com investimentos de R$ 340 milhões das secretarias de governo, sem contar os recursos do Fundurb (Fundo de Desenvolvimento Urbano). Mesmo assim, as dificuldades persistem.
ENCHENTES
A falta de investimentos em obras contra enchentes já deixou várias casas alagadas nas ruas Padre Germano Mayer e do Tatuapé. A correnteza era tão forte que os próprios moradores tiveram de quebrar as paredes de um terreno para que as águas descessem no sentido do córrego. Mesmo assim, o projeto de colocação de gabiões de estabilização de encostas ficou no papel.
BACIA
A bacia do córrego compreende as ruas Monte Serrat, Aguapeí, Professor Pedreira de Freitas, Itapeti, Antonio Camardo, Azevedo Soares, entre outras. Depois de seguir pela Rua Monte Serrat, atravessa a Radial Leste, passa por baixo da linha da CPTM e do Metrô, segue pela Rua Dr Miguel Vieira Ferreira, atravessa por baixo a Avenida Celso Garcia, depois passa pela Rua do Tatuapé e ao lado da Comunidade do Pau Queimado, desaguando no Rio Aricanduva.