O estágio das empresas industriais sediadas no Tatuapé apresentavam inúmeras melhorias quando comparadas com suas congêneres dos bairros mais centrais: Brás, Mooca e Belém.
No entanto, essas melhorias alcançavam certas condições mínimas exigidas. A maior parte delas não possuía refeitório e muito menos cozinha industrial. Os trabalhadores esquentavam suas marmitas pelo processo de banho-maria em tachos metálicos quadrados.
Tão rotineiro era esse costume, que certas metalúrgicas exibiam em sua linha de produtos esses tachos. Após o aquecimento de suas marmitas, os trabalhadores sentavam-se entre as máquinas e comiam. Claro está, que se não havia refeitório, muito menos cozinhas industriais, esse era um item constante apenas nas plantas de empresas de maior poder econômico.
Não obstante, empresas com mais potencial como a Philco, a Tecelagem Tatuapé, Probel e outras, já dispunham de excelentes refeitórios e até cozinhas industriais. Também era rara a empresa que dispunha de um ambulatório médico e de serviços de um profissional. Quando um trabalhador se acidentava era imediatamente levado para uma farmácia próxima ou, em casos de maior gravidade, para um hospital.
Os trabalhadores de grande parte das empresas formavam seus grêmios. Normalmente a sede destes ocupava uma casa térrea ou um sobradinho nas proximidades da indústria. Era normal a formação de times de futebol, que em troca da aquisição de fardamento, ostentavam o nome da empresa. Bailes, festas juninas e natalinas, piqueniques e outros eventos eram organizados pelos trabalhadores. A ida às praias de Santos para passar um fim de semana, também um costume muito difundido.
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