Organizadores de exposições em São Paulo ainda não se deram conta do quanto as pessoas que moram na cidade ou em outros Estados estão dispostas a se esforçar para ver obras de artistas nacionais e internacionais.
Basta ver as filas que se formaram e ainda se formam na Pinacoteca para ver as poucas obras trazidas para o Brasil do australiano Ron Mueck. São milhares de pessoas, entre crianças, adultos e idosos que ficam de uma a três horas em uma fila.
Outro ingrediente triste está relacionado ao fato das pessoas ficarem no sol ou na chuva, pois os responsáveis pela Pinacoteca não pensaram em uma forma de abrigar o público. Ou seja,
Para ver o trabalho de Salvador Dali, no Instituto Tomie Otake, a mesma coisa. Horas na fila, gente “brigando” para fazer a selfie perfeita e pouca organização. Não é a toa que muitas crianças ficarão sem ver a exposição “Rá-Tim-Bum”. Se você tenta comprar o ingresso pela Internet, já está esgotado. Se preferir adquirir na bilheteria, não dá para entrar porque o espaço está lotado.
Em maio do ano passado a exposição “Infinite Obsession” (Obsessão Infinita), da artista japonesa Yayoi Kusama, gerou confusão porque o público interessado era bem maior do que a expectativa dos organizadores. Mais uma vez, pior para nós. Precisamos acabar, de uma vez por todas, com esse complexo de vira-lata e nos comportarmos como povo acolhedor, gentil e educado que somos. Essa história de tratar gente como gado já deu o que tinha de dar.
Sobre a organização das exposições concordo com a matéria, eu mesma enfrentei fila de 1:30 para ver a exposição Ron Mueck e dentro da Pinacoteca também falta organização, as pessoas ficam amontoadas é difícil dividir o espaço com tanta gente, e já tentei várias vezes ver a exposição do Castelo Ra Ti Bum sem sucesso, espero um dia poder ver uma exposição famosa em São Paulo sem precisar passar tanto sufoco. Acho que não deveriam subestimar o interesse do Paulistano por cultura, pois é isto que está acontecendo…