O morador Arcídio Gouveia, da Rua Doutor José Elias Jordão, na região do Parque São Jorge, Tatuapé, tomou uma difícil decisão após os constantes desmandos com relação à falta de fiscalização do trânsito, entre outros problemas: colocar sua casa a venda. Todos os dias ele afirmou ver motoristas e motociclistas transformarem o seu bairro em uma “terra de ninguém” quando estacionam em frente a garagens, sobre as calçadas e faixas de pedestres. Sem contar os que dirigem na contramão.
E como se não bastasse conviver com o inferno na frente de sua casa, há também outras ruas como Antonio Macedo, Dona Ana Franco e Florentino Capellozza em que a falta de respeito é permanente. Para Gouveia, a CET está falida, pois não oferece um atendimento satisfatório por meio do telefone 1188, e muito menos possui agentes para multar os maus motoristas.
Gouveia contou que como sua rua é estreita, não deveriam circular ou estacionar caminhões de grande porte. No entanto, os motoristas desses veículos fazem as duas coisas. Além disso, eles têm a companhia de condutores de carros, que se acham no direito de impedir moradores de tirarem os veículos de suas garagens ou ter de fazer malabarismos para transitar pelo bairro.
O morador revelou que, há poucos dias, um motorista estacionou seu veículo de um lado da rua, sob uma placa de proibido estacionar, sem se importar que do outro havia um caminhão. Resultado: quem entrava na via era obrigado a voltar de ré. “O carro chegou por volta das 7 horas e permaneceu até as 13 horas no local. Nesse período, liguei para a CET às 10h35, às 11h10 e 12h15. A princípio me passaram protocolos, mas, por fim, disseram não ter viaturas para averiguar”, detalhou.