A polêmica a respeito do terreno da Esso, localizado entre as ruas Barão de Monte Santo e Vito Antonio Del Vechio, na Mooca, está longe de terminar. Pelo menos quando o assunto envolve a possível construção de prédios na área de mais de 100 mil m2. Isso porque a Construtora São José, que teria comprado o terreno, não se pronuncia com relação ao caso. Esta situação tem gerado diversas manifestações na região que tem o menor índice de área verde por habitante da cidade.
PROJETO
Para o vereador Adilson Amadeu, que criou um projeto de lei propondo a transformação da área no Parque Verde da Mooca, o terreno é particular e não foi totalmente liberada pela Cetesb. “Há tempos tenho alertado a população sobre a falta de recursos para a compra de áreas na região que possam ser transformadas em parques. A própria Prefeitura recentemente perdeu áreas que já tinham decreto de utilidade pública para implantação de parques por essa razão”, completou.
INTERESSE
O parlamentar afirmou, também, existir interesse do proprietário em ceder 30% da área para o plantio de árvores e criação de um espaço de lazer. “Caso seja confirmada a intenção, a alternativa será benéfica a todos, incluindo as pessoas preocupadas com o surgimento de um refúgio para bandidos ou com a degradação”, projetou Amadeu.
Por fim, ele ressaltou não ser contra a criação de parques. Justificou dizendo que eles também são importantes para a prática de esportes e convivência, ampliação da área de drenagem e combate às chamadas “ilhas de calor”. Porém, salientou que é preciso ajustar a necessidade com os recursos disponíveis.
CETESB
De acordo com o Departamento de Áreas Contaminadas da Cetesb, a remediação no local praticamente acabou. Grande parte de toda a área já atingiu as metas de remediação. Apenas um pequeno ponto ainda apresenta uma concentração de benzeno na água subterrânea, o que, neste momento pelo menos, representaria uma restrição a uso residencial, por exemplo.
PARQUE
Para a Cetesb, se a utilização pretendida fosse um parque público, a área já apresentaria condições (com uma única restrição, à construção de um ambiente fechado exatamente no ponto que apresenta a contaminação). Segundo o órgão, de qualquer forma, o monitoramento no local continua e essa concentração, até naturalmente, deverá se reduzir até se tornar nula ou desprezível.
Encerrando o tema, a assessoria revelou que, por precaução, fica mantida a restrição do uso de água subterrânea em toda a área (o que também não representa um problema, já que a área é servida por sistema público de água).