A parte de baixo do acesso ao viaduto da Avenida Jacu-Pêssego, sentido São Miguel, na lateral da Avenida Musgo de Flor, esquina com a Avenida Imperador, está sendo transformada em um lixão a céu aberto.
No local foram depositados quilos de materiais inservíveis e também objetos recicláveis. Os sacos gigantes, amontoados, chegam a fechar completamente o arco do viaduto. Quem está de um lado da pista, não consegue enxergar o lado oposto.
O material foi reunido em cerca de um ano, pois, em 2017, o terreno ainda servia como estacionamento improvisado para alguns moradores e comerciantes do entorno. Inclusive com placas, confeccionadas pelos vizinhos, pedindo às pessoas que não descartassem lixo no espaço por causa das enchentes.
Como se não bastasse a montanha de materiais, os usuários dos baixos do viaduto agora passaram a depositar, também, geladeiras, móveis, portões, camas, armários, entre outros objetos. Atualmente, o lugar não pode ser mais utilizado para estacionar e o risco de um incêndio passa a se tornar iminente. Nesse caso, ainda existe a possibilidade de parte da estrutura do viaduto ficar comprometida. Se isto ocorrer, os motoristas que seguem na direção do aeroporto de Guarulhos terão de requerer outra alternativa à Prefeitura.
“Área teve uso desvirtuado”
Por se tratar de uma área com cerca de 300 metros sob o viaduto, a subprefeitura da região tinha investido na criação de espaços de convivência e minicampo de futebol, além de ter implantado um conjunto de aparelhos de ginástica para a terceira idade.
O primeiro local citado está ocupado por lixo e foi praticamente abandonado pelos moradores do entorno, já que a quantidade de sujeira os impede de usar as mesas e bancos. Já o espaço de terra batida com as traves precisaria ser recuperado para voltar a ser frequentado. Por fim, os equipamentos para exercícios estão quase todos quebrados ou sem manutenção.
Quem costuma passar de carro ao lado do viaduto, como a estudante Joyce Quirino, cobra da Prefeitura uma ação urgente no local, já que a utilização do terreno foi totalmente desvirtuada pela invasão. “Essa área pública poderia ser melhor aproveitada se ganhasse uma iluminação, limpeza e aparelhos novos. Sem a presença da população, o local passou a servir como depósito”, avisou.