A Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, localizada no Largo do Rosário, Penha, teve parte de sua história prejudicada durante uma reforma irregular realizada em março deste ano. O fato ocorreu quando as freiras responsáveis pela igreja receberam a autorização do monsenhor Carlos Calazans, responsável pela Basílica da Penha, de colocar azulejos nas paredes construídas em taipa de pilão. O problema é que a reforma foi iniciada sem a autorização do Condephaat, órgão de preservação histórica.
No início do mês de agosto o engenheiro e um dos curadores do Memorial Penha de França, Francisco Folco, denunciou o que ele acredita ser um crime contra o patrimônio histórico da Penha: a colocação de azulejos nas paredes da Igreja do Rosário dos Homens Pretos, construídas em taipa de pilão no período colonial.
De acordo com Julio Cesar Marcelino, do Movimento Cultural Penha e um dos coordenadores da Festa do Rosário, técnicos do Condephaat estiveram no local na época e confirmaram que a obra não poderia continuar. Segundo ele, o monsenhor foi comunicado do problema e recebeu um prazo para solucionar o caso.
CONDEPHAAT RESPONDE
Em relação à obra realizada sem o consentimento do Condephaat na Igreja Largo do Rosário, na Penha, foi realizada uma vistoria com técnicos do DPH (Departamento do Patrimônio Histórico), constatando uma série de problemas de conservação, além da colocação da cerâmica na taipa.
A igreja foi notificada para que contratasse um projeto de restauro e conservação global, incluindo a reversão da colocação da cerâmica, e a recuperação total do imóvel. A igreja assumiu o compromisso de contratar esse projeto, que será avaliado pelo Condephaat.