Sr. redator:
“As pesquisas eleitorais da semana passada corroboraram algo que já esperávamos há algumas semanas. Marina Silva, mera coadjuvante até a morte de Eduardo Campos, venceria num eventual segundo turno a candidata a reeleição. Não obstante a sinuca de bico que se encontrará grande parte dos eleitores em 26 de outubro, o que comentaremos adiante, vale mencionar a incrível virada na outrora monótona e aborrecida corrida presidencial, deixando vermelho os tucanos e bicudos os petistas.
A história recente é pródiga em situações análogas, tais como a morte de Tancredo e o impeachment de Collor, cuja efetividade dos substitutos é no mínimo questionável. Sarney criou os planos Cruzado I, II e Bresser do ministro homônimo, cortou zeros, congelou salários e ainda assim terminou com uma inflação acima dos 300% ao ano. Já o mineiro, de Juiz de Fora, trouxe de volta o Fusca, foi visto no Sambódromo com uma modelo sem calcinha e apesar das trapalhadas acabou com uma bola dentro, elegendo o criador da URV e o então ministro da Fazenda, FHC.
Voltemos aos prováveis resultados do segundo turno. Assim como na sinuca, estamos literalmente sem saída. Continuar com um governo que flerta com a inflação, gasta descontroladamente e insiste em colocar sua mão pesada e errática em diversos setores da economia ou trocar por uma promessa incerta, apoiada em bons nomes no cenário econômico, porém cuja história se assemelha a Sarney e Itamar, nas quais inabilidade política e falta de experiência trouxeram resultados no mínimo pífios?
Marcos Morita