Como diz o ditado: “quem planta, colhe”. E é isso o que está acontecendo com o PT e o governo da presidente Dilma Rousseff. Ambos estão se esfacelando diante de tantos desmandos e falhas na administração do País.
O descrédito só aumenta. Basta sair às ruas e perguntar ao povo quem concorda com a atual situação do Brasil, em termos econômicos e políticos? Praticamente ninguém está satisfeito com a crise que está corroendo o salário das pessoas e tirando seus postos de trabalho.
Nem a chantagem de Eduardo Cunha surtiu efeito no intuito de ajudar Dilma. Aliás, seria um vexame completo se isso ocorresse e o governo não tivesse de pagar pelos seus erros ou, no mínimo, explicar-se sobre como o projeto de administração pelo povo e para o povo foi à bancarrota.
Imagine um barco à deriva. Ele representa a nossa economia, atualmente. Enquanto o governo gasta o que não tem e deixa de cortar custos desnecessários, especuladores fazem a festa com a alta do dólar. Além disso, como o mercado está fragilizado, conseguem comprar nossos produtos a preço de banana.
A presidente afirma que lutará até o fim para permanecer no cargo. E para isso está buscando apoio dos mais diversos, com partidos, sindicatos e outras instituições simpatizantes. Mas será o bastante para manter-se à frente do Brasil?
Essa não é uma postura digna de quem defende com unhas e dentes o processo democrático. Ao virar as costas à população e se agarrar àqueles que talvez lhe mantenham no poder, por votarem contra o processo de impeachment, Dilma está negando que sua popularidade afundou.
É preciso enxergar que o País está ingovernável do ponto de vista político. Deputados e senadores não se entendem e, além disso, morrem de medo de cada passo da Polícia Federal na Operação Lava Jato.
O senador Delcídio já foi preso e Collor e Renan Calheiros estão na mira da Justiça. Enquanto isso, o ex-presidente Lula está de orelha em pé com uma possível condenação por tráfico de influência em negócios com a Odebrecht.
Com isso, Dilma vai perdendo de vista até seu padrinho, único responsável por mantê-la no Planalto. Até as esperanças de Lula, de voltar em 2018, foram por água abaixo. Isso porque não há mais onde se apoiar e o grito nas ruas retornou com mais força.
Não só contra o governo, mas combatendo todos os que tentarem criar empecilhos para atrapalhar a retomada econômica do País. Não dá para ficar pagando aumentos contínuos de luz, água, gasolina, gás e não receber contrapartida.
A poupança já perdeu R$ 58 bilhões e a produção de veículos caiu 22%. A indústria também está em queda vertiginosa, sofrendo com uma elevadíssima carga tributária, baixa no consumo, e falta de competitividade lá fora. Sem contar o comércio informal que está avançando e a inflação de mais de 10%.
E mesmo com todas essas notícias, nossos nobres parlamentares do Congresso afirmam que irão fazer um esforço para não entrarem em recesso e votarem os projetos relacionados ao crescimento econômico. Se não me falha a memória, quando eles trabalham “fora do período” normal nós pagamos três vezes mais por isso.
Então, que os deputados e senadores cumpram seus papeis e definam de uma vez por todas que tipo de cenário o Brasil terá para 2016. Nós estamos fazendo a nossa parte, e pagando muito caro pelos erros dos outros.