Apesar de ser uma das avenidas mais importantes da Zona Leste, a Jacu-Pêssego não vem sendo tratada como deveria. Essa é a opinião da maioria dos moradores que circulam pelo local. Isso porque, ao longo do tempo, a via foi sendo esquecida pela Prefeitura e passou a se degradar, principalmente nas laterais das pistas, nas quais foram instalados equipamentos da lazer. Rosana de Almeida, disse que mora em Guarulhos e costuma transitar pela avenida para ir à casa da mãe, em Itaquera. Segundo ela, quando passa sobre a Rodovia Ayrton Senna e entra na Jacu-Pêssego é triste ver a situação.
ENTULHO
Rosana afirmou existirem depósitos de entulho e lixo em diversos terrenos às margens da avenida. Além disso, a moradora relatou que diversas áreas públicas, com brinquedos e espaços voltados à prática de esportes, foram abandonadas. Sem opção de áreas direcionadas às crianças, residentes de ruas próximas da avenida, como a Santa Izildinha ou a Adelino, afirmam esperar que o próximo prefeito ou prefeita volte os olhos para a região, pois os jovens precisam ser amparados de alguma forma.
PERIGO
José Severino salientou que nem os vereadores têm se preocupado com o problema. “No entanto, por falta de atividades, meninos de 12 e 13 anos ficam perambulando pelas ruas e acabam se envolvendo com o que é ruim”, desabafou. Severino mostrou uma pequena pista de skate construída na altura do número 350 da avenida. Apesar do piso ter resistido, o equipamento está cercado pelo mato e não há sequer uma barra de proteção na pista para evitar acidentes com os skatistas. No local também não existe pintura ou placas informativas acerca do uso de equipamentos de proteção, como capacete, por exemplo.
E OS BRINQUEDOS?
No caso da praça existente ao lado da Rua Adelino, as balanças foram arrancadas e as gangorras tiveram os ferros entortados, provavelmente pelo peso de adultos. No espaço a Prefeitura também não se prontificou a implantar grades ou alambrados. Com isso, animais fazem suas necessidades enquanto “carroceiros” produzem fogueiras com sobras de madeiras e outros objetos não-recicláveis.
ESCURIDÃO
As mesas e bancos de cimento sofrem com a ação do tempo e o piso, de terra, está cheio de buracos, dificultando a aproximação de pessoas mais idosas ou em cadeiras de rodas. O mesmo desrespeito se dá com as pessoas que não têm carro e precisam caminhar para usar os equipamentos. Isso porque os moradores são obrigados a andar em calçadas sem iluminação por cerca de dois quilômetros, já que as luminárias estão mais voltadas para a Jacu-Pêssego.
ASSALTOS
Nesse sentido, muitas pessoas acabam desistindo de sair de casa com medo de assaltos. Isso faz com que os pais não possam levar seus filhos ao parque sem se preocupar. Para Severino, infelizmente a região só vê parlamentares em período de eleições, pois após a vitória eles desaparecem. “No fim, é só o eleitor que paga o pato”, reclamou.