Sr. redator:
“É uma grande pena perder a história.
Participamos, eu e mais alguns, de mais de uma dezena de reuniões no comando do CPA-M4 na Avenida Amador Bueno da Veiga e sugerimos criar no Brasil a figura da Polícia Comunitária, como existe no Canadá e no Japão.
Chegamos a enviar duas pessoas ao Japão para colher dados e experiências sobre este tipo de policiamento.
Para a construção da Base Comunitária, nem a Prefeitura e nem a Polícia Militar, que procuramos, tinha sequer alguma diretiva técnica sobre esse tipo de serviço, como a obrigatoriedade de instalações sanitárias, vidros blindados etc.
Pedimos às empresas do bairro para ajudar e conseguimos doações. Com elas, conseguimos construir a Primeira Base Comunitária do Brasil. Para a Polícia Militar, tratava-se de uma ‘Base Piloto’ pois ela duvidava muito da eficiência deste tipo de patrulhamento.
Promovemos inúmeras reuniões e palestras em escolas, Rotary, Lions, Unicid, Associação Comercial, sempre com a eficiente cobertura jornalística da Gazeta do Tatuapé, como se pode constatar, por exemplo, na matéria de capa da edição nº 1.234, de 21 a 27 de fevereiro de 1999.
Hoje, este tipo de policiamento é sucesso em todos os cantos, inclusive a Polícia Militar reconhece como acertada a ideia de introdução no Brasil. Prova disso são as bases citadas na matéria.
Que seja feita a devida justiça, resgatando as iniciativas, muitas vezes feitas com sacrifício pessoal, para que a memória do valoroso jornalista Braz Jaime Romano não seja esquecida.”
Roberto Massaru Watanabe