No final do ano passado a Subprefeitura Mooca divulgou a existência do Pima (Plano Intensivo ao Manejo de Árvores) que, segundo ela, ainda contou com a participação da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e Eletropaulo.
Conforme a subprefeitura, o Pima abrangeu em setembro, 19 vias e 567 árvores; em outubro, 29 vias e 583 árvores; em novembro, 13 vias e 532 árvores; e em dezembro, 36 vias e 638 árvores.
SEM INFORMAÇÃO
Apesar do Pima, a população continua sem saber exatamente onde ocorrem as ações da Prefeitura. O fato é que, no Tatuapé, por exemplo, foram executadas mais podas e retiradas de árvores do que plantio de mudas. Basta observar as calçadas do bairro para ver a quase inexistência de espécies em algumas ruas. Na Antonio de Barros uma árvore é vista a cada três ou quatro quarteirões, ferindo totalmente o padrão estabelecido pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Em locais onde as plantas foram retiradas não houve reposição e o canteiro chegou a ser fechado com cimento.
PLANO DE PLANTIO
Dados publicados no site da Prefeitura dão conta de que o plano da subprefeitura tinha como finalidade plantar 459 árvores/ano nas áreas administradas pela Mooca. Contudo, conforme a assessoria do órgão, os números foram superados. Até o início deste ano teriam sido mais de 1.250 árvores nos bairros do Brás, Pari, Água Rasa, Belém, Tatuapé e Mooca – locais apontados por terem poucas áreas verdes.
CRÍTICA
O morador Fábio Aires criticou os números devido ao fato, segundo ele, da Prefeitura muitas vezes plantar diversas mudas dentro de parques ou clubes, onde já existem várias árvores. Para ele, esse tipo de ação não traz resultados concretos para o bairro. “Poderíamos unir a prevenção à saúde com o embelezamento da região, preenchendo os passeios com espécies, principalmente as que dão flores”, sugeriu. A Rua Itapeti é um exemplo de como é possível criar um local harmônico, em que há a convivência tranquila entre os pedestres e moradores e as árvores nas calçadas.
COBRANÇA
Infelizmente, locais como esse não são uma regra no Tatuapé. Os moradores do bairro precisam, inclusive, deixar de entregar apenas aos condomínios a função de se criar espaços arborizados. Para isso, a cobrança sobre a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente deveria ser maior. Segundo Aires, a atitude faria com que os moradores pressionassem a subprefeitura no sentido de criar campanhas voltadas ao plantio, cuidados específicos e tipos de espécies melhor adaptadas ao clima da cidade e à própria calçada.
BOMBEIROS
Atualmente esse trabalho não existe e muito menos a fiscalização. Funcionários de empresas contratadas ainda deixam de realizar inúmeras podas, promovem podas drásticas demais e, muitas vezes, não retiram árvores condenadas. Em alguns momentos, quando ocorre a queda, o Corpo de Bombeiros assume o papel que deveria ser das equipes da subprefeitura.