Sr. redator:
“As arritmias são doenças que envolvem o sistema de condução do coração, que mantém o ritmo regular e uma frequência que pode variar de 60 a 120 batimentos por minuto. O sistema de condução acelera ou diminui a frequência cardíaca de acordo com a necessidade de demanda que se impõem ao coração.
Os sintomas dependem do tipo de arritmia. Pode ocorrer desde tontura, falta de ar, desmaios (síncopes), dor no peito e sensação de angústia. Existem arritmias que são congênitas, a pessoa nasce com propensão a desenvolver arritmia e se manifesta por uso abusivo de álcool, em uma só ocasião, ou desencadeada por um esforço.
A doença pode manifestar-se silenciosamente, e descoberta por um exame de rotina, por um eletrocardiograma de repouso, ou por um teste ergométrico (esteira), por exemplo. Mas pode ser dramática, sendo manifesta levando o paciente direto para emergência. As arritmias podem ocorrer em pessoas a partir dos 15 anos em diante, nas cardiopatias congênitas, ou em usuários de drogas. Mas pode se manifestar em qualquer idade dependendo do tipo de doença de base no coração.
Os fatores de risco são os mesmos para doenças coronarianas, mas com predomínio maior para os tabagistas, etilistas, usuários de drogas e de alimentos ou bebidas estimulantes. É importante salientar que a mortalidade é alta, sendo a principal causa de morte subida.
O tratamento depende do tipo de arritmia. Normalmente o primeiro tratamento é na emergência, e vai desde reversão da arritmia para o ritmo normal do coração com drogas, cardioversão elétrica, ou uso de marca-passo. Após a alta hospitalar o paciente usa uma medicação crônica e é recomendado monitoramento regular do ritmo cardíaco através de consulta com cardiologista.
No caso daquelas pessoas que tiveram de implantar marca-passo e desfibrilador, é necessário realizar consultas regulares para verificação da validade das baterias e evitar imãs e portas de bancos.”
Carlos Eduardo Prado Costa