Em novembro de 1989, quando a queda do Muro de Berlim liberou os alemães orientais para devorarem os bens de consumo, os discos de música mais procurados não foram os dos Beatles, Mozart ou Beethoven. Foram os do AC/DC. Publicada à época pela revista Newsweek, a informação é uma das peças utilizadas pelo jornalista britânico Mick Wall para montar o quebra-cabeça que resultou em “AC/DC: a biografia” (foto), volume que a Globo Livros acaba de lançar. Nessa empreitada não houve cooperação nem interdição por parte dos biografados. Fiéis ao estilo AC/DC de ser, eles dedicam a mais solene indiferença ao que se diz ou se escreve sobre o grupo, para o bem ou para o mal. Tanto melhor: quem ganha, no caso, é o leitor.